Era uma vez o loop do grego

(Falha de São Paulo)

Tudo acontece por volta das 18:25 horas desta nublada sexta-feira, 21 de janeiro de 2011, na Quinta do Jacó (ZONA PROIBIDA).
Cruzavam os céus cinzentos os famosos acrobatas Reginaldo Vidraça, Fabinho 3D (isso mesmo), Augusto Filipe e ninguém menos que o magnata grego Demósthenes, recém-recuperado do trauma Extra 300 Hobby Delivery.
De repente ouve-se o experiente aeronauta anunciar a realização da dificílima manobra denominada loop, cuja acrobacia consiste, basicamente, em fazer uma volta de 360 graus na vertical descendente em alta velocidade.
Nesse momento um silêncio sepulcral cala a multidão perplexa. Até mesmo um conhecido mineirinho falastrão, que costuma dar pitaco nas imediações do circuito aéreo falando insistentemente "cê tá bão", fecha a matraca.
Os olhos da galera fitam os céus, focando o Tiger do grego, já na iminência da tão aguardada desafiante peripécia.
De repente, em fração de segundos o inesperado. Ao imprimir velocidade incompatível com a manobra que pretendia fazer ao sabor de um mergulho sem precedente, o talentoso aeromodelista simplesmente não consegue cabrar (subir) o avião, perde o controle e se espatifa no solo... Inacreditável!
O barulho ensurdecedor das sirenes do Corpo de Bombeiros e o corre corre de ambulâncias indicam a gravidade do acidente aéreo.
Imediatamente a equipe de apoio da Infraero isola o local enquanto o perito da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), professor Mesaque, inicia todos os procedimentos de praxe, a fim de identificar as causas do sinistro.
Às 20 horas, o perito anuncia que o violento acidente aéreo foi resultado de "barbeiragem" do piloto...