A intensa movimentação de tropas e aeronaves deixou curiosa a população de Imperatriz (MA). Entre os dias 29 junho e 06 de julho, os aviões do Primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo (1º ETA), sediado em Belém (PA), iniciaram as missões na “Operação Tracajá ”, que deflagrou uma guerra simulada com 65 militares e cinco aeronaves (dois C-95 Bandeirante, dois C-98 Caravan e um C-97 Brasília) com o objetivo de preparar pilotos, mecânicos e aeronavegantes para cumprirem missões de transporte aéreo logístico e de transporte aéreo em ambiente hostil.
Com o objetivo de inserir o exercício militar em um cenário mais próximo de uma situação de emprego real, foi ativada a Força Aérea 211 para comandar um combate simulado entre países inimigos, cuja função do 1º ETA era exercer missões de infiltração e exfiltração aérea, ressuprimento aéreo de tropas, ligação de Comando, observação, apoio e evacuação aeromédica além das linhas inimigas.
Para cumprirem estas missões, foram realizados treinamentos reais de tráfego “Race Track” com lançamento de bordo (LB); navegação a baixa altura (NBA) com lançamento de bordo na hora sobre o objetivo (HSO) individual e em formação tática; voo em formação empregando formatura cerrada; pouso noturno com balizamento tático de emergência; instrução de pouso em pista não preparada; missões de manutenção operacional e de formação e readaptação de pilotos nas aeronaves C-95 Bandeirante e C-97 Brasília.
O Comandante do 1º ETA, Tenente-Coronel Cavalcante, explica que este exercício visa capacitar a Força Aérea para o cumprimento de sua missão constitucional de defesa do país, promovendo o aperfeiçoamento operacional e o preparo do efetivo para o pronto-emprego, contribuindo sobremaneira para o progresso coletivo dos militares do Esquadrão, que tem a oportunidade de realizarem treinamento real de simulação de guerra.
O 2º Sargento de Manutenção Marlos Auderi Silva Bispo, responsável por lançar as cargas do avião, função conhecida como interfone, explica que são apelidados de “chutadores” por terem de fazer o gol, acertando a carga no alvo. Segundo Bispo, para ser chutador é necessário fazer um curso de sete dias para aprender aspectos teóricos e práticos da legislação que trata do tema, como posicionamento dentro da aeronave, regras de segurança, fraseologia e códigos de comunicação entre tripulantes. “Muitos pensam que ficar na porta do avião e lançar a carga é muito fácil, não exigindo pouco mais do que coragem. Mas na realidade é uma tarefa bem complicada. O mais difícil nesta função é adequar o momento exato da ordem do navegador e o tempo de saída da carga. Cada segundo de atraso pode representar um erro de 60 a 100 metros do alvo em função da velocidade do avião e do tipo de pára-quedas. Para podermos assumir esta missão, somos obrigados a realizar 23 lançamentos para sermos credenciados.
Imperatriz
A escolha da cidade de Imperatriz se deu pelas excelentes condições que reúne para o exercício militar. Além de estar situada numa área estratégica onde a FAB instalou uma Unidade de Vigilância do SIVAM, de fundamental importância para o efetivo controle e vigilância do espaço aéreo brasileiro; a proximidade de Belém; o baixo movimento no aeroporto, que possibilita a economia de combustível pela rápida autorização de pousos e decolagens; o clima quente e seco; o apoio I COMAR e do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), por meio do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Imperatriz (DTCEA-IZ); da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA); da Base Aérea de Belém (BABE); do Corpo de Bombeiros do Estado do Maranhão; da Prefeitura e de toda a população, a fizeram com que a cidade fosse escolhida pela terceira vez, repetindo o sucesso absoluto que a consagrara em 2007, quando se iniciou a operação.
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